A Rede Cáritas no Acre tem se articulado constantemente com o poder público e organizações sociais para fortalecer o trabalho junto à população migrante e refugiada. 

Neste mês de março, a Rede Cáritas, que tem atuado com a Diocese de Rio Branco e a Pastoral do Migrante, esteve junto a atores estratégicos a fim de pensar as contribuições do estado para a Política Nacional de Migração e Refúgio, a qual está sendo formulada em nível nacional. 

No Acre, a ação tem sido fortalecida pelo projeto Orinoco: Águas que Atravessam Fronteiras, que desenvolve atividades em Assis Brasil, Brasiléia e Epitaciolândia, além da capital Rio Branco. 

Elaboração do Protocolo Estadual de Acolhimento a Migrantes e Refugiados no Acre.

Dentre as atividades realizadas conjuntamente, estão visitas à fronteira para acompanhamento do trabalho das equipes na acolhida às populações migrantes e refugiadas, além de reuniões com atores da rede estadual, Secretaria de Direitos Humanos (SEDH), Casa Civil, Ministério Público do Estado e Segurança Pública. 

"Esses momentos são estratégicos para a soma de esforços na implementação da Política. O estado do Acre avançou em alguns aspectos, mas ainda tem muito a contribuir, pois é preciso aprimorar os equipamentos necessários e adequados para acolhimento, proteção, promoção e integração dos que buscam um território para reconstruir suas vidas”, avalia Aurinete Brasil, coordenadora do Orinoco no Acre.

Uma vez que o estado faz fronteira com o Peru e a Bolívia, o Acre tem recebido migrantes dos dois países vizinhos, como também venezuelanos/as e outras nacionalidades.

“A partir de ações conjuntas e articuladas entre sociedade civil, estado, municípios, Governo Federal, conseguiremos promover a acolhida a migrantes e refugiados nessa região de fronteira com o Acre. Esse é um bom caminho para um futuro exitoso”, sublinha.

O projeto Orinoco: Águas que Atravessam Fronteiras está presente no Acre, Pará, Piauí, Rondônia e Roraima. É uma ação da Rede Cáritas e conta com o financiamento do Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.

Reunião com órgãos municipais e MPE sobre a situação de acolhida na fronteira, atualmente com fluxo intenso e muitas pessoas em situação de rua.

Diálogo com órgãos públicos em Assis Brasil, fronteira com Peru, no tocante à situação de indígenas na região.