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Projeto Sumaúma, da Cáritas Brasileira, oferece espaço seguro e confortável para a amamentação

Projetos

Migrantes venezuelanas utilizam a sala de lactância materna para amamentar e descansar.

Publicação: 10/03/2023



Sala de amamentação sendo utilizada pelas beneficiárias do projeto. Foto: Lairyne Silva / Cáritas Brasileira.


Yusmar Dias é venezuelana e veio da cidade de Barcelona para morar no Brasil. Vivendo em Boa Vista, no estado de Roraima, há 9 meses, ela conta que não foi fácil o processo de mudança. “Eu tinha um bom emprego e trabalhava como secretária, mas a situação ficou cada vez mais difícil devido à crise na Venezuela e precisei sair do país com minha família. Comprar comida e produtos de higiene estava cada vez pior e precisei vender alguns pertences para ir embora do local”, relatou Yusmar. 

Ela veio grávida para o Brasil com seu esposo e precisou deixar seus dois filhos com os pais. Em Boa Vista, nasceu a pequena Adriana, hoje com 6 meses de vida. Sem ter um local para morar, atualmente a família vive no Posto de Recepção e Acolhimento (PRA), local onde conheceu o Projeto Sumaúma: Nutrindo Vidas. Beneficiária há 3 meses, ela se alimenta todos os dias das refeições preparadas oferecidas no PRA. 

Yusmar também utiliza a Sala de Lactância Materna para ter mais conforto e segurança na hora de alimentar a filha.  “A sala de amamentação do Projeto é um local em que posso ir com minha filha e encontrar fraldas disponíveis, posso dar banho nela e amamentar em um local seguro. Venho todos os dias aqui, gostamos muito desse local”, disse feliz. 


Todos os dias, Yusmar alimenta a filha na sala de amamentação. Foto: Lairyne Silva / Cáritas Brasileira. 


Amamentação e Educação A sala de amamentação foi criada pela Cáritas Brasileira por meio do Projeto Sumaúma, no mês de novembro e, diariamente, mais de 10 mães utilizam o local. O Sumaúma trabalha alinhado com o setor de Nutrição para incentivar e orientar a comunidade migrante, a fim de melhorar as práticas de alimentação de bebês e crianças pequenas. Com esse objetivo, são realizadas atividades educativas, como rodas de conversa, que buscam promover a lactância materna e dialogar sobre temas de nutrição. As regras de utilização da sala de lactância foram criadas coletivamente pelas mulheres que integram o Comitê de Participação sobre a Assistência Alimentar, uma instância participativa que dialoga sobre as atividades do Projeto.


Intervenção para melhorar práticas alimentares de crianças pequenas e bebês. Foto: Lairyne Silva / Cáritas Brasileira. 


Além da sala e das atividades educativas, em suas refeições o Projeto Sumaúma busca garantir que grupos vulneráveis tenham opções que satisfaçam suas preferências nutricionais especializadas. No almoço, crianças entre seis meses e dois anos têm acesso a uma sopa como alimentação complementar. No café da manhã, mulheres e crianças podem se alimentar com frutas, mingau nutritivo, sopa, pão e leite. O cardápio foi desenvolvido pela nutricionista do Projeto, de modo que refletisse as demandas e preferências da comunidade, oferecendo refeições nutritivas que atendam a, pelo menos, cinco dos dez grupos alimentares.


Café da manhã sendo servido para as pessoas beneficiárias do projeto  Foto: Acervo / Cáritas Brasileira.


Para Yusmar, ter acesso às refeições tem contribuído para uma melhor qualidade de vida. “Meu desejo maior é viver no Brasil com meus filhos e assim seguir adiante com minha família”, concluiu.







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