No contexto social que vivemos, existe uma forte pressão sobre as “formas tradicionais” de ser pai. A figura provedora, autoritária e distante, têm sido constantemente contestadas e questionadas. Alexandre Cesar, comunicador e convidado da semana reflete que “Muitos pais dizem: Eu não tenho muito essa relação com meu filho. Eu sou provedor, sou ali o cara responsável” e Paulo Ravelli, consultor de bar, contrapõe “Esse lado paterno, eu tive que desenvolver mais justamente por não ter.
Então sempre quando eu estou me posicionando ali, vem uma lembrança de “Puts, isso eu não tive”, “Isso eu tenho que passar pra eles, isso eu tenho que mostrar, que ensinar, que cobrar.” André Carvalho, historiador e mestre em educação esclarece que “Na verdade, a paternidade preta passa por um ciclo, e esse ciclo que nos prende nesse processo de abandono. Meu pai também foi um homem que foi abandonado, que também foi criado pela mãe.” Hoje podemos falar que é preciso que o homem negro saia do lugar social que o racismo o colocou, negligenciando a humanidade, a afetuosidade e sendo visto somente como aquele que é ausente, violento, para assumir sua real essência e verdade com orgulho e amor.
Yan Onawalle, artista visual e fotógrafo conclui então que “O que eu posso falar é que a nossa educação é baseada no exemplo, e o bebê é um espelho da gente. E a gente vai trabalhando na gente mesmo e automaticamente trabalhando na criança. Vem do nosso relacionamento isso, porque na base do diálogo, a gente percebe que nós somos dois universos coexistindo, e que a nossa missão na verdade, é facilitar e não mandar ou ditar como vai ser a vida dela.” É possível ver pai preto e presente. O afeto paterno é uma via que leva carinho para os filhos e traz carinho para os pais.
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Racismo. Ou você combate, ou você faz parte. Qual dos dois é você?