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Cáritas Brasileira participa de mobilização para o 2° Fórum de Direitos da Natureza.

Geral

Representantes percorreram 5 municípios do interior da Bahia.

Publicação: 02/06/2023



Foto: Divulgação/Fórum da Natureza



A Cáritas Brasileira, em coletivo com outras organizações que compõem a Articulação pelos Direitos da Natureza - A Mãe Terra, integrou a programação de mobilização para o 2° Fórum de Direitos da Natureza, que aconteceu no início deste mês de junho.  


O “Abraço para a preparação do 2° Fórum Brasileiro dos Direitos à Natureza” foi uma ação de peregrinação, onde cinco  mulheres, representantes das organizações que constroem o Fórum, percorreram o sul da Bahia, realizando ações de articulação com comunidades locais, universidade e atores políticos para participarem das atividades do Fórum, que será realizado em Ilhéus (BA), entre os dias 6, 7 e 8 de outubro. 


Harmonia com o meio ambiente


“Cada vez mais,  as comunidades tradicionais ao redor do globo vem nos ensinar que precisamos manter uma relação harmoniosa com o ambiente em que vivemos”, destaca Mariana Estevo, Assessora Nacional da Cáritas Brasileira na área de atuação de Meio Ambiente, Gestão de Riscos e Emergências (MAGRE). Ela lembra ainda que o trabalho da Cáritas Brasileira auxilia no fortalecimento e na defesa dos povos e comunidades tradicionais, com o respeito pelo conhecimento ancestral de convivência com os biomas que as comunidades tradicionais detém. 


A Assessora Nacional de MAGRE, Mariana O. Estevo, fala sobre a ação da Rede Cáritas na defesa dos Povos e Comunidades Tradicionais. OUÇA AQUI




Foto: Divulgação/Fórum da Natureza


Direitos da Natureza

Uma das conquistas recentes para os direitos da natureza foi o reconhecimento do Rio Laje, em Guajará-Mirim, Rondônia, como detentor de direitos, reconhecidos legalmente. A decisão é um marco histórico, por afirmar que o rio é um ser vivo, que merece ser resguardado em sua interação natural com o meio ambiente e os seres vivos, garantindo ainda a proteção contra a exploração predatória e todos os males que dela se originam, como a poluição. 


O Komi-Memen, como é chamado pelos povos indígenas que habitam a região onde o rio segue seu curso, é vital para a sobrevivência das comunidades tradicionais da região. Países como Índia, Estados Unidos e Nova Zelândia também tiveram decisões judiciais a favor de rios importantes para os biomas de cada país. O Rio do Laje, chamado de Komi-Memen 



Sobre o fórum

A retomada dos saberes e vivências que permitem a convivência harmoniosa com a natureza em toda a sua integralidade, é um dos objetivos do Fórum Brasileiro pelos Direitos à Natureza. Entre os dias 6 e 8 de outubro, a segunda edição do evento irá acontecer em Ilhéus (BA), reunindo representações de comunidades tradicionais, organizações e instituições da sociedade civil, além de órgãos federativos, em torno da construção de ações de incidência política e práticas de sociabilidade que instiguem outros olhares para a natureza, junto com os seus biomas e as populações que dela vivem e nela resistem.

As organizações reunidas no fórum esperam deixar um legado de contribuições para auxiliar na garantia dos direitos da natureza, como o fortalecimento e apoio da participação de lideranças de comunidades tradicionais em espaços de elaboração de políticas públicas e tomada de decisão pela defesa dos territórios, a valorização do conhecimento ancestral/local como aliado em medidas de enfrentamento à crise climática e a elaboração de uma proposta de projeto de lei dos direitos do Rio São Francisco, ampliando o horizonte de providências legislativas para a defesa de rios brasileiros. 


A programação do 2° Fórum Brasileiro pelos Direitos da Natureza e demais informações sobre o evento podem ser conferidas pelo site forumdireitosdanatureza.org.br e pelo Instagram @forumdireitosdanatureza.

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