Por Olga Oliveira – Especial para a Cáritas Brasileira
Fotos: Virgínia Maria Yunes – Especial para a Cáritas Brasileira
Ozita Alves (54), Maria Cleonice Moreira (53), Geralda dos Reis (65), (foto da direita para a esquerda) e Antônia Clarinda (56), implementam a partir do fomento do Projeto de Fortalecimento da Economia Popular Solidária no Brasil a criação de aves. O incentivo foi disponibilizado por meio da assessoria técnico-financeiro da Cáritas Brasileira, Fundação Banco do Brasil (FBB) e União Europeia (UE), que impulsou produções agroecológicas, agroflorestais, quintais produtivos, atividade leiteira, suinocultura, mas - em especial, a avicultura – com a criação de frangos caipiras e galinhas poedeiras.
O empreendimento é desenvolvido no Assentamento Antônio Juvêncio, munícipio de Padre Bernardo, estado de Goiás, onde vivem 72 famílias assentadas. O projeto, nesse território, proporciona o acréscimo de mais uma atividade para a Agricultura Familiar, promovendo a inclusão de novos conhecimentos e a geração de renda na região.
“Tínhamos as galinhas, mas não tínhamos a condição de fazer o galinheiro. Com o projeto, com esse recurso que veio pra gente, foi um pontapé inicial maravilhoso, compramos ração, telhas e os materiais que faltavam para montar os galinheiros” diz Ozita (foto acima), empreendedora beneficiada com o projeto e integrante do Movimento das Mulheres Camponesas.
As agricultoras encontravam dificuldade na produção de aves por conta do custo de aquisição da ração, base fundamental para obter melhor produtividade e lucro. Entendendo essa dificuldade, o projeto implementado, proporcionou o acesso a esse insumo alimentar para a criação de galinhas poedeiras e frangos caipira a quatro famílias do Movimento de Mulheres Camponesas.
“Isso aqui é um sonho, uma conquista. Uma vitória pra mim!” É com essas palavras que Maria Cleonice (foto acima, na entrada de sua gleba) se refere ao terreno que conquistou após anos de resistência. Ela menciona que o incentivo financeiro chegou em ótima hora, pois no momento que o recebera, a roça plantada não havia vingado e Cleonice estava buscando outras formas para sustentar-se. “Eu usei o recurso para comprar milho, ração e estruturar o galinheiro. Parece pouco, mas isso fez toda a diferença para eu recuperar a minha criação e minha renda. Hoje eu tenho mais ou menos 180 cabeças de galinha. Tem dado certo e meu sonho é seguir sempre melhorando esse espaço,” enfatiza entre suas galinhas, pequizeiros, frutos, verduras e nas entrelinhas de fartos sorrisos.
Empreendedorismo garante o empoderamento feminino, ao passo que promove a independência financeira das mulheres. Além de gerar renda, também fortalece um espaço para a autogestão através da igualdade, respeito e cidadania dentro assentamento e fomenta projetos futuros para a agricultura familiar das pessoas assentadas. (foto acima, Antônia Clarinda).